Uma das partes legais desse negócio são os jogadores beijando escudo dos times, fazendo juras de amor eterno até o fim do contrato, ou até que alguém pague a multa rescisória, com condições especiais em caso de propostas européias.
Esse mercado é cheio de boatos e acordos não cumpridos, e pra mostrar que não estou aqui pra brincadeira, vou botar as cartas na mesa, falando de contratações que acontecerão, e que ainda não foram especuladas por jornal algum. E também comentarei os acertos já feitos, pros meus leitores terem a comodidade de não precisar acessar depois o Lancenet e nem o Globoesporte.com:
Um time que anda assanhado por esses dias é o Botafogo, cujo presidente viajou pra Europa pra negociar com os craques Diego (ex do Robinho) e Seedorf, cujo nome parece uma marca de vodka, mas que joga uma bola redondinha. O problema é que o clube anda sem dinheiro, essa viagem foi comprada parcelada na CVC, e o melhor que o presidente conseguirá será a volta do Lúcio Flávio, e apenas para o segundo semestre.
O Corinthians confirmou a desaposentadoria do Ronaldo, o Gorducho. É a maior contratação de peso dos clubes brasileiros deste ano, ainda que essa piadinha já esteja muito repetida por aquelas bandas. A estréia está prevista para acontecer no meio do ano, contra o Barcelona, em amistoso no Fielzão que ainda nem começou a ser construído. Os corintianos acreditam nisso, e acreditam que o time um dia ganhará a Libertadores. Dentinho e Bruno César já estão de saída. Como reforço certo, o Paulo César de Oliveira, pra fazer dupla de ataque com o Sandro Meira Ricci. E o Vampeta vem aí, pra acertar o meio campo.
O Flamengo não precisa de reforços, pois já tem o Coalhada e o Negueba, a versão magra do Obina. Mas certamente não ficará parado, e os primeiros grandes anúncios serão as vendas do Diego Maurício pro Rubin Kazan, do Bruno pro Bangu 1 e do Willians pra Comlurb. Com elenco enxuto, a presidenta-vereadora rubro-negra poderá investir alguns trocados no Wagner Love, ou então no Geraldo do Ceará, que no fundo são a mesma pessoa. Há ainda uma esperança de repatriar o Juan, mas parece que ainda depende do INSS da Itália liberar a aposentadoria do zagueirão primeiro.
O Palmeiras tinha um único grande jogador, que era o Valdívia. Daí o presidente, Gianfrancesco Marcola, resolveu polemizar e dizer que o “Parmêra” não é lugar pra craques. Com isso, o Valdívia resolveu acordar ao meio-dia, tomar um Epocler, pegar seu boné e dar no pé. Caberá ao gladiador Kleber bater o escanteio e correr pra cabecear, e em seguida voltar pra compor o meio-campo. Marcos Assunção quer aumento de 100% nos seus vencimentos, só pra bater umas faltas quando houver. E a culpa da inflação do Brasil é do Etanol? O classudo Felipão vai precisar treinar seu vocabulário com os cantores de rap americanos, pois seu repertório de palavrões vai ficar pequeno pros inúmeros vexames do time no resto do ano.
O Bahia, não satisfeito com Carlos Alberto e Jóbson, ainda contratou o Souza, aquele que não fazia gols pelo Flamengo e depois foi não-fazer gols no Corinthians. Mas tem um bom empresário. Beto Cachaça ainda vem aí.
No Fluminense ninguém se entende, e todo mundo quer ir embora. Fred tem proposta do Cruzeiro, Conca do Nápoli, Deco do Corinthians e Celso Barros, do Flamengo. Sou capaz de apostar que Renato Gaúcho vem aí, pra provar ao mundo a velha tese de que “nada está tão ruim que não possa piorar”.
O time que mais se reforça, todo ano, é o Atlético Mineiro. Não em qualidade, diga-se de passagem. Já vieram Mancini, Toró, Richarlyson, Magno Alves e Neto Berola. Kalil negocia agora retorno dos ídolos Guilherme e Marques.
Nos demais times, nada de importante acontecendo.
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